A expansão do Brics em 2023, que adicionou novos países ao bloco, está aumentando a influência geopolítica de Rússia e China, conforme analisam especialistas em relações internacionais. O bloco, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, está em processo de ampliação, com discussões sobre uma nova categoria de parceiros.
Essa mudança visa fazer frente ao G7, grupo amplamente dominado pelos Estados Unidos e países europeus. Segundo o professor José Luís da Costa Oreiro, da Universidade de Brasília, a ampliação representa uma disputa de hegemonia entre as potências ocidentais e o núcleo duro do Brics. Entretanto, ele destaca que o verdadeiro poder econômico e político continua nas mãos dos membros originais do bloco.
Por outro lado, especialistas divergem sobre os possíveis impactos econômicos da expansão. Alguns acreditam que ela pode beneficiar o Brasil, diminuindo sua dependência do mercado americano, enquanto outros, como o professor Pio Penna Filho, afirmam que o Brasil pode não obter grandes vantagens econômicas com a inclusão de novos membros, dada a heterogeneidade do bloco.
A ampliação do Brics traz incertezas sobre a coordenação de interesses divergentes entre os novos integrantes, o que pode dificultar a criação de uma agenda comum, especialmente em questões econômicas.