Delator do PCC denuncia extorsão de policiais antes de ser executado em SP

O empresário Vinicius Gritzbach, delator do PCC, foi assassinado a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na sexta-feira (8), oito dias após fazer uma grave denúncia à Corregedoria da Polícia Civil. Gritzbach acusou seis policiais civis do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de cobrar R$ 40 milhões para interromper uma investigação sobre sua suposta participação nos assassinatos de dois membros da facção criminosa.

Segundo documentos obtidos pela TV Globo, Gritzbach revelou que não pagou a propina exigida pelos agentes, que também foram acusados de tentativa de extorsão. Além disso, o empresário denunciou um investigador do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) por roubo de sete relógios de luxo e R$ 20 mil em dinheiro, que nunca foram devolvidos.

Vinicius estava sendo investigado por lavagem de dinheiro e envolvimento com o tráfico de drogas, e chegou a ser indiciado pelas mortes de Anselmo Santa Fausta e Antonio Corona Neto, dois membros do PCC. Contudo, ele sempre negou qualquer envolvimento no crime e alegou que a acusação foi uma retaliação pela recusa em pagar a propina.

A Polícia Civil investiga agora a execução de Gritzbach e tenta identificar os responsáveis pelo assassinato. Além disso, o empresário apontou outras vítimas de extorsão por parte dos mesmos agentes, incluindo um dono de loja de carros que teria pago R$ 1 milhão para evitar ser implicado em um homicídio, e traficantes que teriam sido extorquidos em R$ 10 milhões.

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